Não
é só
uma arte,
uma habilidade,
é antes
de mais
nada uma “ciência” – consideramo-la
um “saber” , não uma atividade
dependente de talentos inatos, de uma personalidade
privilegiada.
HABILIDADES
IMPORTANTES
Capacidade
de aceitar o paciente como uma
pessoa
única,
adiando
julgamento crítico;
aceitar
o paciente
como
ele é.
Sinceridade
Capacidade
de ser você mesmo numa
relação, não se escondendo atrás
de um papel ou fachada.
Empatia
Capacidade
de perceber com exatidão a
experiência e os sentimentos do paciente e
de comunicar-lhe
esta
compreensão.
COMO
É DIFÍCIL SER MÉDICO
VOCAÇÃO
MÉDICA
CRISES
NA FORMAÇÃO
QUE
É SER
ADULTO ?
NÃO
HÁ NEUTRALIDADE NO ENCONTRO
BENÉFICO
- ANSIOLÍTICO
OU
MALÉFICO
- ANSIOGÊNICO
VOCAÇÃO VOCARE (LATIM) = CHAMAR
O
sujeito
se sente
chamado
por seus
objetos (
internos e
externos )
CRISE
= TRANSFORMAÇÃO
SER
MÉDICO
É UMA ÁRDUA CONQUISTA
1º
ANO
CADÁVER
DOENTE
INANIMADO
2º
ANO
ANIMAIS
LABORATÓRIO
3º
ANO
SÍNDROME
DA
HIP TRANSITÓRIA
4º
ANO
RESSUSCITANDO
O
CADÁVER
5º
ANO
INTERNATO
6º
ANO
SÍNDROME
INICIAL
DA ONIPOTÊNCIA
MÉDICA
O MÉDICO NECESSITA
TER OU
ADQUIRIR
CERTAS
QUALIDADES FUNDAMENTAIS:
1)
Uma
personalidade
orientada preferentemente
no
plano
científico,
onde
os
traços mágicos
e narcisistas
desempenham
um papel
mínimo;
2) Uma
atitude
de
aceitação
do
paciente como este se apresenta, o que esta intimamente relacionada
com
a aceitação
de
si
mesmo nos
seus
aspectos
primitivos
e “doentes”;
3)
Um sincero
desejo de ajudar o paciente a compreender
melhor
a sua
disfunção
e a
sua regressão, sejam quais forem suas manifestações;
4) Um
fundo de
conhecimentos científicos, incluindo conhecimentos
sobre as personalidades
– e de capacidade técnica
básica
ao
desempenho
de
sua tarefa, tanto
no que diz à respeito da disfunção como à regressão conseqüente;
5)
A
firme convicção de sua pessoa e seus conhecimentos
só
poderão
ser
empregados corretamente
em
condições mínimas de
tempo
- disposição
das
horas
necessárias
ao bom desempenho
de seu trabalho- espaço-dispor de
acomodações
simples indispensáveis – de equipamentos
tanto no
que
diz
respeito
à personalidade
do
médico como do material
indispensável ao seu
trabalho.
-
COMPREENDER POR QUE
A ANGÚSTIA
E OS
CONFLITOS PSÍQUICOS PODERÃO EXPRIMIR-SE
POR UM SENTIMENTO DE ALTERAÇÃO
DA
SAÚDE
FÍSICA
OU
SE
FIXAR
SOBRE
UM
DISTÚRBIO
SOMÁTICO.
-
CONHECER
O QUE SE ENTENDE POR BENEFÍCIOS PRIMÁRIOS E BENEFÍCIOS
SECUNDÁRIOS
DA
DOENÇA.
-
COMPREENDER
A IMPORTÂNCIA
DO
PAPEL DO
CÍRCULO SOCIAL
E SOBRETUDO DA FAMÍLIA
NAS
REAÇÕES
DO
DOENTE.
OS
OBJETIVOS
DA
DISCIPLINA |
1
- Evitar as costumeiras dissociações em torno
da doença e do doente (corpo x mente; órgão doente x
“resto sadio”; indivíduo x família, etc.).
2
- Desmistificar a onipotência da medicina e do médico.
3 - Saber
delimitar os distintos papéis que em todo ato médico,
são atribuições respectivamente do médico, do paciente
e do familiar (para facilitar a compreensão, digamos
assim: “cada um ficar na sua”).
4
- Capacidade
para funcionar como um bom continente de angústias (não
confundir “continente”, no sentido de conter, com “recipiente”,
no sentido de mero propósito), notadamente as que acompanham
vivências de morte e crises agudas.
5
- Capacidade para se deprimir. Só isso possibilita
aprender com as experiências, especialmente as negativas,
assim como suportar as frustrações decorrentes do “não
saber”.
6
- Capacidade
para lidar com verdades, sobretudo as desagradáveis:
saber reconhecer, ouvir e comunicá-las.
7-
Reconhecimento
dos mais marcantes traços de personalidade, tanto em
si próprios, quanto nos seus pacientes.
O
DOENTE E SUA DOENÇA
OBJETIVOS
:
-
Compreender
como a doença adquire sentido na história de uma
pessoa, provocando efeitos de ruptura na continuidade
de sua vida e podendo tornar-se a resposta do organismo
a uma situação vivida
como
a traumática.
-
Compreender
porque a biografia é indispensável para
conhecer
e tratar
o doente.
-
Compreender
como a concepção de saúde, apresentada
por
um
indivíduo
ou
uma
sociedade, influenciada a natureza da demanda
médica.
-
Conhecer
os
efeitos
psicológicos
da
doença.
O
CONCEITO DE "PESSOA" SÓ EXISTE
NA INTERAÇÃO HUMANA
A
NATUREZA NÃO FABRICA PESSOAS. A PESSOA É UMA CONCEPÇÃO
DA CULTURA E PRODUTO DO HOMEM NA SUA RELAÇÃO COM O OUTRO.
ASSIM,
AO SE SUPRIMIR O CONHECIMENTO DA RELAÇÃO COM O DOENTE,
SUPRIMI-SE A PESSOA DA PRÁTICA MÉDICA.
A
MEDICINA DA PESSOA - DEVEMOS PERMANENTE, TENTAR IMPLANTÁ-LA
MESMO QUE JAMAIS A ALCANCEMOS PLENAMENTE.
ASSIM
COMO, A FILOSOFIA NÃO PRETENDE SOLUCIONAR O DRAMA DA
VIDA MAS PENSÁ-LO.
CICLOS
VITAIS
Principais
desenvolvimentos
nos
oito períodos do ciclo de vida
Faixa
etária
-
Estágio
pré-natal
(concepção
até nascimento)
-
Primeira
infância
(nascimento
até 3 anos)
-
ØSegunda
infância
(3
a 6 anos)
-
ØTerceira
infância
(6
a 12 anos)
-
ØAdolescência
(12
a 20 anos)
-
ØJovem
adulto (20
a 40 anos)
-
ØMeia-idade
(40
a 65 anos)
-
ØTerceira
idade
(65
anos em diante)
Estágio
pré-natal (concepção
até nascimento)
PRINCIPAIS
DESENVOLVIMENTOS
-
Formação
da estrutura e órgãos corporais básicos.
-
O
crescimento físico é o mais rápido de todos os
períodos
-
ØGrande
vulnerabilidade às influências ambientais.
DESENVOLVIMENTOS
-
O
recém-nascido é dependente porém competente.
-
ØTodos
os sentidos funcionam no nascimento.
-
Crescimento
físico e desenvolvimento das habilidades motoras
são rápidos.
-
ØCapacidade
de aprender e lembrar está presente, até mesmo nas
primeiras semanas de vida.
-
ØØCompreensão
e fala se desenvolvem rapidamente.
-
ØAutoconsciência
se desenvolve no segundo ano.
-
ØApego
aos pais e a outros se forma aproximadamente no
final do primeiro ano de vida.
-
ØInteresse
por outras crianças aumenta.
Segunda
infância (de
3 a 6 anos)
PRINCIPAIS
DESENVOLVIMENTOS
-
Força
e habilidades motoras simples e complexas aumentam.
-
Comportamento
é predominantemente egocêntrico, mas a compreensão
da perspectiva dos outros aumenta.
-
Imaturidade
cognitiva leva a muitas idéias ilógicas acerca do
mundo.
-
Brincar,
criatividade e imaginação tornam-se mais elaborados.
-
Independência,
autocontrole e cuidado próprio aumentam.ØØ
-
ØFamília
ainda é o núcleo da vida, embora outras crianças
comecem a se tornar importantes.ØØ
Terceira
infância (de
6 a 12 anos)
PRINCIPAIS
DESENVOLVIMENTOS
-
Crescimento
físico diminui.
-
Força
e habilidades físicas se aperfeiçoam.
-
Egocentrismo
diminui.
-
Crianças
passam a pensar com lógica, embora predominantemente
concreta.
-
Memória
e habilidades de linguagem aumentam.
-
Ganhos
cognitivos melhoram a capacidade de tirar proveito
da educação formal.
-
Auto-imagem
se desenvolve, afetando a auto-estima.
-
Amigos
assumem importância fundamental
DESENVOLVIMENTOS
-
ØMudanças
físicas são rápidas e profundas.
-
ØAtinge-se
a maturidade reprodutiva.
-
ØCapacidade
de pensar abstratamente e usar o pensamento científico
se desenvolve.
-
ØEgocentrismo
adolescente persiste em alguns comportamentos.
-
ØBusca
de identidade torna-se fundamental.
-
ØGrupos
de amigos ajudam a desenvolver e testar a auto-imagem.
-
ØRelacionamento
com os pais geralmente é bom.
Adulto
(de
20 a 40 anos)
PRINCIPAIS
DESENVOLVIMENTOS
-
ØSaúde
física atinge o máximo, depois cai ligeiramente.
-
ØHabilidades
cognitivas assumem maior complexidade.
-
ØDecisões
sobre relacionamentos íntimos são tomadas.
-
ØA
maioria das pessoas se casa; a maioria tem filhos.
-
ØEscolhas
profissionais são feitas.
Meia-
idade (de
40 a 65 anos)
PRINCIPAIS
DESENVOLVIMENTOS
-
ØOcorre
certa deterioração da saúde física, e declínio
da resistência e perícia.
-
Mulheres
entram na menopausa.
-
ØSabedoria
e capacidade de resolução de problemas práticos
são acentuadas; capacidade de resolver novos problemas
declina.
-
ØØSenso
de identidade continua a se desenvolver.
-
Dupla
responsabilidade de cuidar dos filhos e pais idosos
pode causar estresse.
-
ØØPartida
dos filhos tipicamente deixa o ninho vazio.
-
ØPara
alguns, sucesso na carreira e ganhos atingem o
máximo; para outros ocorre um esgotamento profissional.
-
ØBusca
do sentido da vida assume importância fundamental.
-
ØPara
alguns, pode ocorrer a crise da meia-idade.
DESENVOLVIMENTOS
-
ØA
maioria das pessoas é saudável e ativa, embora a
saúde e a capacidade física declinem um pouco.
-
ØRetardamento
do tempo de reação afeta muitos aspectos do funcionamento.
-
ØA
maioria das pessoas é mentalmente ativa.
Embora a inteligência e a memória possam
se deteriorar
em algumas áreas, a maioria das pessoas encontra
modos de compensação.
-
ØAposentadoria
pode criar mais tempo para o lazer mas pode diminuir
as rendas.
-
ØAs
pessoas precisam enfrentar perdas em muitas áreas
(perdas de suas próprias faculdades, perda de afetos)
e a iminência de sua própria morte.
ciclos
da vida
-
Gestação,
Parto e Puerpério
-
O
Bebê e os Pais
-
O
Ciclo Vital da Família
-
A
Criança de 0 a 3 anos
-
A
Criança Pré-Escolar
-
A
idade Escolar: Latência (6 a 12 anos)
-
A
Puberdade
-
A
Adolescência
-
Adultos
Jovens, seus Scripts e Cenários
-
Idade
Adulta: Meia-Idade
-
A
Velhice
-
A
Morte: Última Etapa do Ciclo Vital
O
NEURÔNIO
-
O
neurônio
é a
unidade
funcional
do
cérebro.
-
Um
neurônio pode receber milhares de conexões sinápticas
de outros neurônios, uma vez que o cérebro
humano apresenta, aproximadamente, 10 neurônios.
-
Calcula-se
que o número total de genes do DNA humano chegue
a 100.000.
Desses, talvez 50.000 sejam funcionais exclusivamente
no cérebro, o que sugere
a enorme
complexidade
do
controle genético
sobre
o cérebro e
seu
desenvolvimento.
Estágios
|
Crise
Psicossocial |
I. Sensório-Oral
(Infância)
II.
Anal-Muscular
III.
Genital-Locomotor
IV.
Latência (Idade escolar)
V. Puberdade e Adolescência
VI.
Adulto Jovem
VII.
Adulto |
Confiança Básica X Desconfiança
Autonomia
X Vergonha, Dúvida
Iniciativa
X Inferioridade
Atividade
X Inferioridade
Identidade
X Confusão de Identidade
Intimidade
X Isolamento
Generatividade
X Estagnação
Integridade
de Ego X Desespero |
MECANISMOS
DE
DEFESA
I
-
Defesas
Narcísicas
-
Negação:
evitar a percepção de algum aspecto doloroso da
realidade, negando dados sensoriais. Afeta mais
a percepção da realidade externa do que da realidade
interna. Não
é necessariamente psicótica, podendo estar a serviço
de objetivos adaptativos ou neuróticos.
-
Projeção:
perceber
e reagir a estímulos internos inaceitáveis e seus
derivados como se estivessem fora do self
(eu).
Pode levar a delírios francos sobre a realidade
externa, usualmente de cunho persecutório; inclui
tanto a percepção de seus próprios sentimentos em
outros como agir em função dessa percepção.
-
Distorção:
reformular
grosseiramente a realidade externa no sentido de
enquadrá-la aos desejos internos, podendo
incluir crença irreal megalomaníaca, alucinações
e delírios, utilizando sentimentos delirantes de
superioridade ou autoridade.
II
- Defesas
Imaturas
-
Atuação
(acting-out):
expressão direta de um desejo ou pulsão inconsciente
para evitar a consciência do afeto associado a eles.
A fantasia inconsciente é vivida de modo
impulsivo, gratificando mais o impulso do que a
sua proibição.
Inclui agir para evitar a tensão que resultaria
se o impulso fosse postergado.
-
Bloqueio:
inibição
usualmente temporária dos afetos, pensamentos ou
impulsos.
-
Hipocondria:
transformação
da censura alheia em autocensura e queixas de dor
e enfermidade somática, como conseqüência de privação,
solidão ou pulsões agressivas inaceitáveis.
-
Introjeção:
internalização
das características de um objeto amado, visando
a aproximar-se deste e manter sua presença.
A introjeção de um objeto temido, pela internalização
das suas características agressivas, leva a um controle
da agressão.
-
Comportamento
passivo-agressivo:
agressão
para com o objeto, manifestada de forma indireta
e ineficaz por meio de passividade, masoquismo e
voltando-se contra si mesmo.
-
Projeção:
atribuição
aos outros dos próprios sentimentos inaceitáveis.
Inclui preconceitos, rejeição, suspeita, excessiva
cautela contra perigos externos, etc.
-
Regressão:
retorno
a um estágio anterior do desenvolvimento devido
à dificuldade de enfrentar as ansiedades e desafios
atuais. Inclui um retorno a pontos de fixação primitivos
e incorporação de comportamentos já abandonados.
-
Somatização: conversão
defensiva de derivados psíquicos em sintomas corporais
III
- Defesas Neuróticas
-
Controle:
tentativa exagerada de manejar ou regular os acontecimentos
ou o ambiente externo com o objetivo de minimizar
a ansiedade e resolver conflitos internos.
-
Deslocamento:
sentimentos vinculados a um
objeto são redirecionados a outro (p. ex. fobias).
-
Dissociação:
modificação do caráter
de uma pessoa ou de seu sentimento de identidade
a fim de evitar angústia. Separa ativamente sentimentos,
representações do self ou do objeto contraditórias
como bem-mal, prazer-desprazer, etc.
-
Intelectualização:
controle dos afetos e dos
impulsos pensando sobre eles, mas não os experimentando.
-
Isolamento:
divisão intrapsíquica
ou separação entre o afeto e seu conteúdo, levando
à repressão da idéia ou afeto ou ao deslocamento
do afeto para um conteúdo diferente ou substituto.
-
Racionalização:
aplicação de justificativas
incorretas ou uso de sofismas convincentes para
explicar atitudes, crenças ou comportamentos inaceitáveis
de outra forma.
-
Formação
reativa: expressão
de sentimentos inaceitáveis de uma forma antitética
ou oposta.
-
Repressão
ou recalque: expulsão
de uma idéia ou sentimento da percepção consciente
para o inconsciente.
IV
- Defesas Maduras
-
Altruísmo:
satisfação vicária construtiva
e gratificante das pulsões por serviços prestados
aos outros.
-
Ascetismo:
gratificação derivada da renúncia
do prazer atribuída a uma experiência em favor de
valores morais.
-
Humor:
capacidade de fazer graça
de si mesmo sem incômodo pessoal e sem causar desprazer
nos demais. Permite que se tolere o
que parece ser terrível de ser suportado.
-
Sublimação:
gratificação de uma pulsão
cuja finalidade é preservada, mas cujo alvo ou objeto
é convertido de socialmente objetável em socialismo
valorizado. Permite que as pulsões sejam
canalizadas em vez de reprimidas ou desviadas.
-
Supressão:
decisão consciente ou semiconsciente
de adiar a tenção para um impulso ou conflito consciente.
-
Representações
da
gestante
como
mulher
e mãe.
-
Fantasias
a respeito
do
filho
e da
sua identidade
futura.
-
Antecipações
de
dificuldades
profissionais
e no
relacionamento
com
o marido.
-
Medo
da
própria
morte
e/ou
do
bebê
no
parto,
bem
como
de malformações
Durante
o
processo
do
divórcio observam-se
minicrises previsíveis
para as
quais os
adultos
devem estar
preparados
(Seibt, 1996) :
1.
no
momento da decisão de separar-se;
2.
quando
a decisão é comunicada à família e aos amigos;
3.
quando
se discutem dinheiro e visitas;
4.
quando
a separação física acontece;
5.
quando
o divórcio legal é assinado;
6.
quando
assuntos precisam ser renegociados, como, por exemplo,
dinheiro e visitas e
quando um dos pais começa a namorar;
7.
quando
se comemoram aniversários, formaturas e outros acontecimentos
importantes (um dos dois casa novamente,
por exemplo).
EXPRESSÃO
GRÁFICA
-
O
domínio do traço oblíquo: a
criança vai mais além do desenho do quadrado, da
cruz, do círculo e do triângulo para o desenho do
losango e do “x”.
-
O
detalhamento e a coordenação das estruturas do desenho
da figura
humana:
surgem
atributos
como mãos
e olhos
e posicionamento adequado do pescoço
e dos
diferentes
segmentos
do
corpo.
-
O
aparecimento no desenho do movimento e de interações: a
criança
se
expressa
mais
pelo desenho do
que
pelo
relato
de
fatos.
-
A
noção
de
profundidade e de
sombreado:
noções
que surgem ao final
e indicam
mudança
no
sentido
da
aquisição
de
perspectiva
tridimensional.
AS
TAREFAS
EVOLUTIVAS
DA MEIA-IDADE
-
aceitação
do corpo que envelhece;
-
aceitação
da limitação do tempo e da morte pessoal;
-
manutenção
da intimidade;
-
reavaliação
dos relacionamentos;
-
relacionamentos
com os filhos: deixar ir, atingir igualdade, integrar
novos membros;
-
relação
com seus pais: inversão de papéis, morte e individuação;
-
exercício
do poder e posição: trabalho e papel de instrutor;
-
novos
significativos, habilidades e objetivos dos jogos
na meia-idade;
-
preparação
para a velhice.
MEDIDAS
PREVENTIVAS
-
Manter
a saúde física com a prevenção das doenças degenerativas;
-
Independência
econômica;
-
Ter
seu
próprio
espaço
físico
ou
moradia;
-
Ter
laços
de
amizade
e vínculos
fortes
com
a família;
-
Manter
um relacionamento íntimo com um(a) companheiro(a);
-
Ter
um
vínculo
com
a comunidade;
-
Manter-se
sempre
ocupado
e com
planos
para
o futuro;
-
Se
possível, manter um vínculo com seu antigo trabalho
ou profissão;
-
Buscar
ajuda
na
comunidade;
-
Praticar
exercícios,
manter
uma
atividade
física
regular.
TAREFAS
EVOLUTIVAS DO
ADULTO
JOVEM (20 A 40 ANOS)
1.
Desenvolvimento de um sentido do self e do outro – a
terceira individuação, com busca do preenchimento das
lacunas deixadas pelas duas outras (infância e adolescência).
Ele permite uma separação psicológica dos pais
da infância e uma (relativa) auto-suficiência no mundo
adulto; facilita a relação de reciprocidade com os pais.
2. Desenvolvimento de amizades
adultas, mais difíceis de serem mantidas, diferentes
daquelas da adolescência. Amizades com pessoas de diferentes
idades, e de diferentes backgrounds.
(“Não vale” só pessoas da mesma idade, da mesma
profissão, do mesmo nível sócio-econômico-cultural,
etc.)
3.
Desenvolvimento da capacidade
para a intimidade emocional e sexual. Rever a crise conforme Erikson: intimidade versus isolamento
(resultado: amor e filiação).
4.
Tornar-se pai ou mãe em termos
biológicos e psicológicos, capacidade esta baseada em
antecedentes ou conquistas desenvolvimentais prévias:
identidade de gênero nuclear na infância, consciência
da diferença entre os sexos, resolução saudável do Édipo,
integração, na fase da latência, de atitudes pessoais,
familiares e sociais em relação à masculinidade e feminilidade,
evolução da vida sexual na adolescência e experiências
evolutivas de sexo e intimidade na fase de adulto jovem.
(Engravidar pode até ser fácil; difícil é ser pai ou
mãe).
5.
Formação de uma identidade profìssional adulta, encontrando
um lugar gratificante
no mundo do trabalho (atenção para as diferenças entre
trabalho, emprego e subemprego na nova economia).
6.
Desenvolvimento de formas adultas
de brincar. Manter-se
em contato com
"a criança de cada um de nós" ;
não esquecer que o brincar é a base
do inventar, do criar, do descobrir, essenciais
na atividade artística e científica.
7.
Tomada de consciência da limitação
do tempo e da morte pessoal, de forma integrada. (Rever
a hipótese de Elliot Jaques: auge versus morte nas pessoas
criativas entre os 35 e 39 anos.)
CARACTERÍSTICAS
QUE SUGEREM PROVÁVEL ETIOLOGIA
PSICOSSOCIAL
DOS SINTOMAS
-
A
história e a descrição do sintoma não caracterizam
nenhuma doença familiar para o médico.
-
A
descrição do sintoma parece exagerada ou afetada,
e imagens floridas são empregadas para descrever
a queixa.
-
Queixas
somáticas múltiplas, envolvendo vários sistemas,
são relatadas.
-
O
tipo da queixa física indica, por si só, alta probabilidade
de etiologia psicogênica (por exemplo, dor abdominal
recorrente, cefaléia crônica, hiperventilação, tonturas,
etc).
-
A
queixa é acompanhada de outros sinais e sintomas
de natureza vegetativa (sudorese, palidez, tonturas,
taquicardia, polaciúria, etc), e/ou de queixas vagas
como fadiga, dores difusas, distúrbios do apetite
e do sono.
-
O
paciente parece indiferente ou pouco preocupado
com a existência do sintoma, apesar da aparente
gravidade deste, ou, ao contrário, sua preocupação
é desproporcionalmente intensa para um sintoma pouco
significativo.
-
As
queixas surgiram após um evento ou situação estressante.
-
Os
sintomas do adolescente se assemelham aos de alguma
pessoa (pais, irmãos, parentes, amigo, vizinho)
que faleceu recentemente ou está com alguma doença
grave.
-
Há
conflito familiar (desarmonia, drogadição, separação,
doença grave, morte, etc), abuso sexual, e/ou história
de queixas somáticas freqüentes nos pais.
-
O
adolescente e/ou seus pais notam a relação entre
a sintomatologia e eventos (ou situações) estressantes,
e/ou sintomas emocionais com ansiedade, medo, tristeza,
raiva, etc.
-
O
adolescente e/ou seus pais relutam em aceitar a
associação etiológica do sintoma físico com os fatores
psicossociais, quando esta parece óbvia para o médico.
-
A
sintomatologia física é acompanhada de sinais e
sintomas de um distúrbio afetivo, como depressão,
ou de ansiedade, ou de distúrbio de conduta, e/ou
de condições como abuso de drogas, ideação suicida,
ou preocupação exagerada com a morte.
-
A
sintomatologia física parece trazer ganhos secundários
desejados pelo adolescente, como faltas à escola
ou à competição esportiva, maior atenção da família,
menor responsabilidade, etc.
-
As
queixas físicas motivaram freqüentes faltas à escola
ou ao trabalho, e essas faltas não foram mencionadas
pelo paciente.
-
O
adolescente foi visto com a mesma queixa por vários
médicos e/ou atendido várias vezes em pronto-socorros,
e/ou realizou vários exames complementares, e/ou
tomou vários medicamentos, sem melhora da sintomatologia.
-
A
sintomatologia melhora após uma ou mais entrevistas
de apoio, e/ou após medicação placebo, e/ou após
exames que resultaram normais.
|