A demência é uma síndrome
decorrente de uma doença cerebral, usualmente de natureza
crônica ou progressiva, na qual há perturbação de
múltiplas funções corticais superiores, incluindo
memória, pensamento, orientação, compreensão, cálculo
capacidade de aprendizagem, linguagem e julgamento.
Não há obnubilação de consciência.
Os comprometimentos de função cognitiva são
comumente acompanhados, e ocasionalmente precedidos,
por deterioração no controle emocional, comportamento
social ou motivação.
Esta síndrome ocorre na doença de Alzheimer,
na doença cerebrovascular e outras condições que,
primária ou secundariamente, afetam o cérebro.
Na avaliação da presença ou ausência de uma demência,
deve-se tomar cuidado especial em evitar identificação
falso-positiva: fatores motivacionais, particularmente
depressão, associados a lentidão motora e fraqueza
física geral, ao invés de perda da capacidade intelectual,
podem ser responsáveis por falha de desempenho.
A demência produz um declínio apreciável no funcionamento
intelectual e usualmente alguma interferência com
atividades pessoais do dia-a-dia, tais como limpeza,
vestimenta, alimentação, higiene pessoal, atividades
fisiológicas e de toalete. Como tal declínio
se manifesta dependerá amplamente do meio social
e cultural no qual o paciente vive. Alterações
no desempenho de papéis, tais como uma diminuição
na capacidade de manter ou encontrar um emprego, não
devem ser usadas como critérios de demência devido
às grandes diferenças transculturais que existem sobre
o que é apropriado e porque pode haver, freqüentes,
alterações externamente impostas na disponibilidades
de trabalho dentro de uma cultura em particular.
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